Narumi Ito

 A ESTÉTICA WABI-SABI NA CERIMÔNIA DO CHÁ JAPONESA


Introdução

A cerimônia de chá, também conhecida como chadō ou chanoyu, é provavelmente uma das últimas artes tradicionais japonesas que foram vislumbradas e conhecidas pelo ocidente. Talvez porque outras artes, como a ikebana (arranjos florais), o sumi-ê (técnica de pintura), as artes marciais, a arquitetura e a culinária japonesa possuem um produto final, um significado material (ROCHA, 1996). No que se refere a cerimônia de chá, podemos dizer que ela nutre propósitos filosóficos e espirituais em sua essência. Após um ritual, o participante não percebe alguma mudança considerável em si próprio, pois o caminho do chá faz parte de um processo paulatino e duradouro.

A chanoyu foi se transformando no decorrer do tempo, na modernidade, é compreendida como uma arte social ampla que combina conhecimentos de arquitetura, design de interiores, jardinagem, arranjo de flores, pintura, preparação de alimentos, entre outras coisas (CHACOBO, 1997). Essa evolução é perceptível nas casas de chá, onde geralmente há um espaço destinado ao jardim, a estrutura da casa segue determinados padrões e as decorações, juntamente com os alimentos, são típicos e fazem referências às estações do ano.

O wabi-sabi, outro conceito fundamental que buscamos apresentar nessa pesquisa, se enquadra na estética e cultura japonesa, não há uma ideia exata que corresponda ao termo. Para a professora Michiko Okano (2018), é muito difícil traduzir elementos como wabi-sabi, yūgen, yojō, ma e várias outras que se relacionam com a arte japonesa. Em uma das possíveis definições, Haga (1995) apud Okano (2018, p. 180) afirma que: “wabi é transformar a insuficiência material e descobrir nela o mundo da liberdade espiritual não vinculado a coisas materiais”.

Na tentativa de traduzir algo tão complexo de se definir, não existe certo ou errado, mas sim diversas informações pertinentes que se completam em sentidos. Em um documentário chamado In Search of Wabi-sabi (Em buscca do Wabi-Sabi), produzido pela BBC4 e disponível no Youtube, Marcel Theroux vai até o Japão e pergunta para diversas pessoas (jovens, adultos e idosos) o que significa wabi-sabi. Ele encontra respostas inusitadas como “é o coração japonês” ou “você não pode simplesmente encontrar isso”, mas também percebe que vários cidadãos, mesmo sendo japoneses,  não são capazes de responder de modo claro e objetivo, pois se trata de algo maior e muitas vezes inexplicável em poucas palavras.

Uma outra forma de descrever o conceito, nas palavras de David Chacobo (1997) seria: “Wabi-Sabi é a beleza de coisas imperfeitas, mutáveis ​​e incompletas. É a beleza das coisas modestas e humildes. É a beleza das coisas não convencionais. A extinção da beleza” (CHACOBO, 1997, p. 02, tradução nossa). Dessa forma, o wabi-sabi pode ser compreendido e visto de inúmeras maneiras, isso também dependerá do contexto em que o termo se aplica e a sua funcionalidade.

 

Wabi-sabi e suas peculiaridades

Em primeiro lugar, há um consenso entre os pesquisadores quando se trata dos conceitos estéticos wabi e sabi sobre a dificuldade em defini-los ou traduzi-los de modo claro e objetivo. Wabi e sabi carregam consigo a tradição, cultura e, segundo alguns, a alma nipônica. Trata-se de termos extremamente antigos para a história oriental e que se transformaram com o passar do tempo, mudando seus significados e suas finalidades conforme o contexto em que foram aplicados.

O conceito de wabi (侘び) remete ao verbo wabiru, ou seja, declinar para um estado de tristeza e abandono, sentir-se solitário, miserável, desapontado. Também pode ser entendido como uma apreciação da vida tranquila e longe das coisas mundanas, e por último pedir desculpas. Para exemplificar, pode ser visto na primeira antologia poética japonesa Man’yōshū, de 759 d.C, também na peça de teatro Nō, denominada Matsukaze, de Kan’ami Kiyotsugu (1333-1384) e em alguns poemas waka, de autoria de Fujiwara no Teika (1162-1241) (ROCHA, 2015).

A concepção de sabi (寂び) é traduzida com frequência como “rústico”, “elegância”, “simplicidade” e “platina”, pode ser compreendido como o efeito de um metal envelhecido. Os dois termos possivelmente tiveram influências do ascetismo budista, principalmente dos ideais de fugacidade e evanescência da vida, que prezam pelo desenvolvimento espiritual e desapego dos bens materiais. Para a especialista em estética japonesa, professora Michiko Okano (2018) sobre o surgimento do wabi:

 

“A estética wabi-sabi é geralmente compreendida a partir da perspectiva em voga na Era Muromachi (1333-1573), quando ocorreu o desenvolvimento da cerimônia do chá. No entanto, o surgimento de wabi é bem mais antigo, e seu significado original pode ser encontrado na antologia poética Man’yōshū (Antologia das dez mil folhas) – compilada na Era Nara (710-794) – em forma de “wabu” ou “wabishi”, cujos significados eram de um estado de sofrimento causado pelo amor não correspondido ou de perda ou adversidade ocasionada pela falta de sorte. Não havia, portanto, no século VIII, nenhum valor estético ligado ao termo. Wabi, aos poucos, passou a indicar um sentimento sofisticado e elegante apesar de uma maneira de viver simples e rústica, longe de uma vida mundana, o que salienta a relação da estética com o modo de vida” (OKANO, 2018, p. 178-179).

 

Nos estudos recentes que protagonizam o conceito de wabi-sabi, na maioria das vezes é relacionado à compreensão de estética japonesa ou a própria cerimônia de chá. Porém, as duas concepções já existiam antes da criação da cerimônia de chá ou da ideia ligada a estética oriental. Conforme Okano (2018), o seu significado original era relacionado a um estado de sofrimento, que muitas vezes era causado por um amor não correspondido ou a falta de sorte. No decorrer do tempo, wabi ganhou contações diferentes, tais como: sofisticação, elegância e rusticidade ao mesmo tempo, uma vez que representam um modo de vida simples e que preza pela harmonia da mente e do corpo.

Em uma figura elaborada por Eduardo Prieto González, contida em Wabi-sabi - a estética do evanescente (2018), curso ministrado entre 2017 e 2018 pela Escola Técnica Superior de Arquitetura de Madrid, é possível compreender de maneira geral a evolução dos termos wabi-sabi. Primeiramente, o sabi foi desenvolvido por volta do século VIII, sobretudo no âmbito da poesia, o significado se referia a estar desolado. No século XIII, o termo se expandiu para as demais artes japonesas, o sentido tornou-se valorizar o velho, o oxidado, ver a beleza no murcho, desgastado, incompleto, imperfeito e desigual.

Apenas no século XV foi criado o conceito de wabi, relacionado à cerimônia do chá, à beleza no pobre, melancólico, solitário e simples, e assim surgiu o “wabichá”. No século XVI aconteceu a fusão entre os ideais de wabi e sabi (GONZÁLEZ, 2018, p. 30). Assim, muitas vezes não encontramos estudos que focam a apenas no wabi ou somente sobre o sabi. Apesar de se tratarem de conceitos distintos, após o século XVI eles passaram a ser entendidos e usados como apenas um só.

Em uma análise comparativa sobre a modernidade e o wabi-sabi, de acordo com David Chacobo, no artigo “Um resumo - wabi-sabi para artistas, designers, poetas e filósofos” (1997), os dois possuem relação com todos os tipos de objetos, espaços e designs desenvolvidos pelo ser humano. No que se refere às diferenças entre wabi e sabi e à modernidade, enquanto o último carrega uma visão lógica e racional do mundo, o primeiro possui um olhar intuitivo e relativo. A modernidade procura soluções e padrões universais voltados para o futuro, e o wabi-sabi soluções que sejam peculiares e pessoais que prezem pelo presente. A modernidade busca controlar a natureza e o wabi-sabi acredita na impossibilidade de controla-la. A modernidade é tecnológica, preza pelas máquinas, o wabi-sabi é orgânico, valoriza o meio ambiente (CHACOBO, 1997).

De acordo com Chacobo (1997), podemos perceber que há muito mais diferenças do que semelhanças entre o wabi-sabi e a modernidade. No entanto, wabi-sabi é um conceito que, apesar de não agradar ou fazer parte dos fundamentos da modernidade, consegue sobreviver no mundo moderno e está presente em quase todas as artes japonesas. Além disso, são ideais muito usados na arquitetura de todo o mundo, pois contém valores que impressionam e inquietam as pessoas que contemplam. Nas palavras de Lauren Prusinski (2012):

 

“Wabi-sabi é frequentemente sintetizado para criar cenas de uma qualidade, ou seja, aquele que tem conhecimento sobre wabi-sabi pode colocar cuidadosamente pedras em um jardim ou arrumar meticulosamente as flores intercaladas entre as pedras para parecer como se tivessem surgido em aquela matriz precisa a partir do solo. Mais importante, no entanto, se aplicando a wabi-sabi resumidamente, deve-se criar uma cena que pareça não ter sido arranjada por mãos humanas. O arranjo deve ter falhas que o façam parecer mais natural e aleatório” (PRUSINSKI, 2012, p. 29, tradução nossa).

 

Segundo Prusinski (2012), outra peculiaridade sobre wabi-sabi que deve ser levada em consideração é a naturalidade, uma vez que a beleza se encontra em arrumar um jardim que possa alcançar a mesma imagem da natureza intocada por mãos humanas. Apesar de ser um jardim feito pelo homem, o desafio é ser capaz de organizar as flores e as pedras de um modo que não fique artificial, mas sim natural e aleatório. Neste contexto, nosso objetivo neste tópico foi trazer a visão de diversos especialistas em torno da estética japonesa e que se debruçam sobre o estudo do wabi-sabi, que pode ser entendida como valiosa para cultura japonesa e que contém uma definição intraduzível para ser explanada em poucas palavras.

 

Wabi-sabi e sua relação com a chanoyu

Em grande parte dos estudos analisados sobre o wabi-sabi, a cerimônia de chá é referida como um exemplo clássico onde o valor estético é aplicado. Muitas pesquisas não aprofundaram como de fato acontece, por isso, a proposta deste trabalho é apresentar como surgiu e como ocorre a relação entre o wabi-sabi e a cerimônia de chá.  O conceito de wabi-sabi foi criado antes da cristalização da chanoyu oficializada por Rikyū, mas em um determinado momento, após transformações, o termo estético se tornou pertinente e cabível para se referir ao costume tradicional de se beber chá verde em uma cerimônia especial.

Shigeki Iwai (2006) acrescenta em relação a um novo significado de wabi na cerimônia de chá, muitas vezes chamado de “wabichá”, que pode ser compreendido como um modo de vida, tendo como base alguns princípios norteadores do que é necessário fazer e do que não praticar. De acordo com Shin´nichi Hisamatsu (1970), existem sete ideais que permeiam toda a cerimônia de chá: fukinsei (assimetria), kanso (simplicidade), kokō (minimalismo), shizen (naturalidade), yūgen (beleza não óbvia, sútil), datsuzoku (livre da convenção mundana) e seijaku (tranquilidade). Todos estes conceitos fazem parte da estética japonesa, e também podem ser encontrados em outras artes tradicionais nipônicas. David Chacobo (1097) reflete sobre o conceito estético em uma visão moderna:

 

“O wabi-sabi representa exatamente o oposto dos ideais ocidentais de beleza como algo monumental, espetacular e duradouro. Wabi-sabi é o inconsequente e o oculto, o provisório e o efêmero: coisas tão sutis e evanescentes que são invisíveis ao olhar comum. Uma parte rotineira da cerimônia do chá, tal como existe hoje, dedica atenção formal a todos os objetos incluídos no ritual. Isso significa não apenas prestar atenção aos detalhes das tigelas de chá, da caixa de chá, do bule de água etc., mas também de coisas como o vaso de flores e até o carvão usado para aquecer a água. A beleza pode ser encontrada na feiura. Wabi-sabi é ambivalente em separar beleza de não-beleza ou feiura. A beleza do wabi-sabi é, de certo modo, aceitar o que é considerado feio. A beleza é, portanto, um estado de consciência alterada, um momento extraordinário de poesia e graça” (CHACOBO, 1997, p. 06-07, tradução nossa).

 

Há uma enorme dificuldade em se resumir tantas ideias e pensamentos que surgem através do conceito estético wabi-sabi. Segundo Chacobo (1997), uma parte da cerimônia de chá é dedicada exclusivamente para a observação e contemplação das peças, cerâmicas e de tudo o que foi usado para a realização da chanoyu. É um momento onde não se valoriza apenas a tigela ou o a concha feita de bambu, mas também o vaso de flor e o carvão que serviu para aquecer a água, esses podem ser considerados feios ou não belos, mas possuem importância tanto quanto os demais objetos.

Um lema importante para o wabi-sabi, conforme Chacobo (1997), é “pobreza material, riqueza espiritual”, como se os dois não conseguissem coexistir em um mesmo espaço, a existência de um, acaba com a validade do outro. Um exemplo claro e citado pelo autor é uma sala de chá, uma vez que a primeira coisa que os todos fazem na chegada é se agacharem em sinal de humildade, é comum que a porta de entrada seja pequena, baixa e pensada para essa finalidade. Dentro da sukiya, pensamentos de superioridade não são permitidos em relação às outras pessoas.

Dentro das casas de chá, relacionado às características do wabi-sabi, a lama, o papel e o bambu são mais preciosos e caros do que o ouro, a prata e o diamante (CHACOBO, 1997). É possível compreender que para que o convidado participe plenamente da cerimônia, ele deve se desprender dos valores materiais e mundanos, deixando-os antes de adentrar a casa e iniciar a cerimônia. Essa ideia lembra muito a filosofia zen budista e taoísta, uma vez que também prezam pelo espiritual, ao invés do material, em ver beleza nas pequenas coisas, mesmo que a modernidade sugira o contrário. Sobre a o wabi-sabi nas cerâmicas utilizadas em cerimônias de chá, Waldemiro Sorte-Junior (2018) contribui:

 

“A forma não obedece a padrões simétricos. Destaca-se que não só as cerâmicas, como os demais utensílios empregados nessa cerimônia tradicional, são valorizadas à proporção que demonstram o desgaste natural de longos anos de uso, com consequente alteração na aparência como resultado da oxidação ou danificação do material. Assim, objetos antigos, desgastados e disformes são apreciados não somente em função da admiração por formas assimétricas e irregulares, mas também porque tais atributos dos utensílios mostram-se como evidência que de fato foram utilizados e que sofreram a ação do tempo. Portanto, essa apreciação pela irregularidade pode ser encarada como resultado da influência nas artes japonesas da doutrina da impermanência do Budismo (mujô 無常), que ressalta o aspecto efêmero da vida” (SORTE JUNIOR, 2018, p. 84).

 

Neste contexto, podemos observar alguns princípios que foram citados por Hisamatsu (1970), como a assimetria, a irregularidade e a perecibilidade. Sorte-Junior (2018) acrescenta que não apenas as cerâmicas usadas em cerimônias de chá contêm padrões assimétricos, mas todos os utensílios de maneira geral. O belo para a cultura chanoyu está no desgaste das coisas, no oxidado pelo tempo, no velho, rachado, uma possível explicação é que as artes japonesas foram influenciadas pela doutrina de impermanência, originada do Budismo. Valorizar objetos enferrujados, quebrados e velhos significa apreciar a efemeridade da vida e evidenciar que as cerâmicas estão desgastadas porque foram usadas e tiveram alguma utilidade, nada mais natural do que se quebrarem e envelhecerem.

 

De acordo com González (2018), a estética japonesa surgiu através da combinação das duas religiões mais influentes no Japão: o Xintoísmo e o Budismo. Um fato importante é que todos os grandes mestres do chá foram adeptos do zen e isso repercutiu na cerimônia de chá. Tanto o conceito de wabi-sabi quanto a chanoyu foram influenciadas pelas doutrinas xintoístas e budistas, talvez essa seja a razão da combinação desses dois conceitos que ocorreu de maneira natural e peculiar.

 

Considerações finais

Este trabalho teve a intenção de apresentar o conceito de wabi-sabi e sua relação com a cerimônia de chá, dois símbolos importantes e tradicionais da cultura e arte japonesa. Apesar de serem desenvolvidos de modo separados no tempo, os dois termos se conectaram em um determinado período na história e até a modernidade podemos observar essa ligação. A estética wabi-sabi na cerimônia de chá pode nos levar a pensar na presença da estética do evanescente, pois dentre tantos princípios e fundamentos que regem esses dois termos, a efemeridade merece bastante destaque. Ser consciente de que temos um tempo limitado para viver, para experimentar o que o mundo pode nos oferecer, nos faz refletir que devemos aproveitar cada momento, valorizando as pequenas coisas e nos desligando de futilidades materiais, para que possamos focar em coisas que irão acrescentar e provocar melhorias em nós mesmos. Portanto, talvez o conceito de perecível se torne tão essencial para que o wabi-sabi e a cerimônia de chá alcancem suas finalidades.

 

Referências

Narumi Ito é mestranda do programa de pós-graduação em Língua, Literatura e Cultura Japonesa pela FFLCH-USP e bolsista da FAPESP. Com licenciatura em Letras – Inglês pela Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT).

ABE, Naoki. Sadō-sho ni miru sadō kenkyū no gaisetsu-yasu-bu choku Itsuki (Visão Geral dos Estudos da Cerimônia do Chá na Cerimônia do Chá). In: Nagasaki International University Review, Volume 5, janeiro de 2005, p. 97-107. Disponível em: <https://niu.repo.nii.ac.jp/?action=pages_view_main&active_action=repository_view_main_item_detail&item_id=684&item_no=1&page_id=13&block_id=17>. Acesso em 04 de julho de 2020.

BARROS, J. D. ’Assunção. Arte moderna e arte japonesa: assimilações da alteridade. Estudos Japoneses, V. 27, p. 77-96, 2007. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/ej/article/view/141791>.  Acesso em 10 de julho de 2020.

CHACOBO, David. Un resumen - WABI-SABI para artistas, diseñadores, poetas y filósofos (Um resumo - WABI-SABI Para artistas, designers, poetas e filósofos). Edições Hipòtesi-Renart Barcelona, p. 01-09, 1997. Disponível em: < http://www.geocities.ws/dchacobo/WabiSabi>. Acesso em 15 de julho de 2021.

CLAIR, Ericson S; RIBEIRO, João Vitor V. Wabi-Sabi, a arte da imperfeição: estética japonesa e alteridade cultural. Revista Poiésis, p. 205-218, v. 17, n. 28, 2016. Disponível em: <https://periodicos.uff.br/poiesis/article/view/22673>. Acesso em 30 de julho de 2020.

COSTA, Otávio Barduzzi Rodrigues da; TINOCO, Thais Masculino Lopes. Chadô: um caminho precursor da Filosofia e Estética no Chanoyu. Revista do Instituto de Ciências Humanas - vol. 13, nº 18, 2017. Disponível em: < http://periodicos.pucminas.br/index.php/revistaich/article/view/15943>. Acesso em 10 de julho de 2020.

ECHEVERRÍA, Marco A. M. La Evolución de la Historia del Té y su Impacto en el Arte Wabi Sabi Noción No-Representacional de la Experiencia Estética Japonesa (A Evolução da História do Chá e seu Impacto na Arte Wabi Sabi Noção Não Representiva da Experiência da Estética Japonesa). Trabalho de conclusão de curso. Universidade do Chile, 2008.  Disponível em: <repositorio.uchile.cl/handle/2250/101451?show=full>. Acesso em 14 de julho de 2020.

GONZÁLEZ, Eduardo Prieto. Wabi-sabi - la estética de lo evanescente (Wabi-sabi - a estética do evanescente). Curso ministrado entre 2017-2018 pela Escola Técnica Superior de Arquitetura de Madrid, 2018. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/pdf/159466455.pdf>. Acesso em 15 de julho de 2020.

HIROSE, Chie. A experiência do corpo na cerimônia do chá: subsídios para pensar a educação. Orientação Luiz Jean Lauand. São Paulo, 2010. (Tese de doutorado).

IWAI, Shigeki. Nipponteki biteki gainen no seiritsu (ni): Sadō wa itsu kara `wabi `sabi' ni natta no ka? (O processo de formação dos "conceitos estéticos japoneses? Quando o chadô passou a ser associado às palavras Wabi e Sabi?"). Estudos Japoneses: Boletim do Centro Internacional de Pesquisa para Estudos Japoneses, v. 33, p. 29-53, 2006. Disponível em: <https://core.ac.uk/reader/198396471>. Acesso em 03 de julho de 2021.

OGYU, C. A cultura japonesa não-compreendida pelos ocidentais. Estudos Japoneses, n. 12, p. 5-12, 11. Disponível em: < http://www.revistas.usp.br/ej/article/view/142611>. Acesso em 14 de julho de 2020.

OKAKURA, Kakuzō. O Livro do Chá. Prefácio e Posfácio de Hounsai Genshitsu Sen. Tradução de Leiko Gotoda. São Paulo: Estação Liberdade, 2008.

OKANO, M. Arte japonesa e suas supostas peculiaridades: espaços de onde se lança o olhar. Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, 2012, Brasília. Anais do XXXII Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte Direções e sentidos da História da Arte. Brasília: Universidade de Brasília, 2012. v. 1. p. 1169-1192.

_____. A estética wabi-sabi: complexidade e ambiguidade. ARS (São Paulo), v. 16, n. 32, p. 173-195, 13 abr. 2018. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/ars/article/view/142233>. Acesso em 29 de julho de 2020.

PRUSINSKI, Lauren. Wabi-sabi, Mono no Aware, and Ma: Tracing Traditional Japanese Aesthetics through Japanese History (Wabi-sabi, Mono no Aware e Ma: Traçando a Estética Tradicional Japonesa através da História Japonesa). Studies on Asia. Series IV, Volume 2, N°1, March 2012, p. 25-49. Disponível em: <https://www.eiu.edu/studiesonasia/documents/seriesIV/2-Prusinkski_001.pdf>. Acesso em 15 de agosto de 2021.

ROCHA, Cristina Moreira. A cerimônia do chá no Japão e sua reapropriação no Brasil: uma metáfora da identidade cultural do japonês. Dissertação de mestrado do Departamento de Comunicações e Artes da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, sob orientação do Prof. Dr. Virgílio Noya Pinto, 1996.

_____. A Cerimônia do Chá como fator de identidade cultural para imigrante japoneses e seus descendentes no Brasil. Revista Estudos Japoneses, n 18, pp. 39-48, 1998.  Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ej/article/view/142725>. Acesso em 17 de junho de 2021.

ROCHA, Joanes da Silva. O chá e a cruz: a essência estética japonesa do Wabi-sabi na descrição da Cerimônia do Chá na obra de João Rodrigues Tçuzu. 2015. xiii, 60 f., il. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em História) - Universidade de Brasília, Brasília, 2015. Disponível em: < https://www.bdm.unb.br/handle/10483/13241>. Acesso em 15 de julho de 2021.

HISAMATSU, Shin´nichi. The nature of sado culture (A natureza da cultura Sadō). In: Rev. O budista oriental - nova série, p. 9-19, v. 03, número 2, 1970. Disponível em: <https://ci.nii.ac.jp/naid/120006823787>. Acesso em 03 de julho de 2020.

SILVA, D. Mishima yukio e Sakabe Megumi: uma estética da perversão do pensamento tradicional japonês. Estudos Japoneses, n. 29, p. 7-24, 11. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/ej/article/view/143011>. Acesso em 10 de julho de 2021.

SORTE JUNIOR, Waldemiro. Uma análise de valores estéticos japoneses do período Heian: Miyabi e Mono No Aware. Estudos Japoneses, n. 40, p. 81-100, 8 dez. 2018. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/ej/article/view/159798>. Acesso em 05 de agosto de 2021.

SUZUKI, S. Para uma releitura da história cultural do Japão moderno e contemporâneo - os conceitos de literatura (bungaku) e artes (geijutsu). Estudos Japoneses, n. 28, p. 39-62, 11. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/ej/article/view/142941>. Acesso em 15 de julho de 2021.

TAMAI, K. A estética do chá. Estudos Japoneses, v. 4, p. 39-48, 2018. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/ej/article/view/142576>. Acesso em 04 de julho de 2021.

6 comentários:

  1. Narumi Ito,
    adorei ler seu texto. O tema me agrada muito e você nos forneceu muitas reflexões.

    Pergunta: ainda que as culturas japonesas e brasileiras sejam diferentes, boa parte da estética popular brasileira (desde os tecidos "chita", as rodas de samba ou a poesia marginal de Leminski) parece também apontar para o que "Chacobo (1997)" afirmou ser wabi-sabi, "a beleza de coisas imperfeitas, mutáveis ​​e incompletas"; Você concorda que existe uma aproximação dessas duas estéticas, ou vê diferenças entre a estética wabi-sabi e a estética popular brasileira que me referi?

    Matheus Oliva da Costa

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Matheus, obrigada pelo comentário!
      Que comparação inusitada que você fez, nunca tinha visto essa relação antes... E gostei muito, claro, eu acho que diversos aspectos da estética popular brasileira também se encaixariam nos ideais de wabi-sabi, por ser um conceito amplo e meio misterioso, ele também abre possibilidades para aplicarmos em outras inúmeras artes.

      Excluir
    2. Matheus, esse último comentário foi meu, esqueci de colocar meu nome, me desculpe...

      Narumi Ito

      Excluir
  2. Quais exemplos referentes ao conceito wabi-sabi podemos indicar na arte contemporânea japonesa?
    Victor Vidal

    ResponderExcluir
  3. Oi Victor,

    Agradeço pela pergunta, realmente esse foi um aspecto que eu não abordei no texto e apesar de saber que o wabi-sabi está presente em artes contemporâneas japonesas, não sabia nenhum exemplo... Então encontrei um texto muito bom, que exemplifica melhor: "Koji Enokura (Tokyo, 1942) e suas instalações, como Interference (1988) e trabalhos plásticos, como Two spots (1971), que tratam do material e dos conflitos entre a natureza e o construído; Susumo Koshimizu (Uwajiaama City, 1944) e suas investigações sobre as superfícies e materiais – como em Paper bag (1970) e From surface to surface (1971), os elementos e acontecimentos da natureza, em Crack in the stone in august ‘70, (1970) e as dinâmicas dos materiais como A perpendicular line (1969); Katsuhiko Narita (Pusan City, 1944-1992) e sua série Sumi series de toras de madeira rachadas; Kishio Suga". Se vc quiser ver mais detalhes sobre isso, recomendo esse artigo, achei ele bem claro:
    (Morioka, 1944) com a investigação dos bloqueios e equilíbrios sutis, como nas
    instalações Cross phase e Limitless Condition (1971).

    ResponderExcluir
  4. Primeiramente quero dizer que o texto é maravilhoso e super agradável de ler! Deu pra entender bem, apesar de diversificado, o conceito do Wabi-Sabi. A minha pergunta é na verdade uma curiosidade mesmo: no texto você fala sobre o ritual do chá e menciona o chá verde. No caso, no ritual do chá, é somente considerado o chá verde? Ou pode ter algum outro chá também?
    Obrigada!
    Suelen Bonete de Carvalho

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.